14 fevereiro 2014

Happy Valentine's Day

Estou alguns minutos atrasada, já tendo passado da meia-noite e sendo dia 15, mas o que vale é a intenção, né?

Pois bem, para comemorar esse dia dos namorados, escrevi trechos com alguns casais dos meus livros. Lembrando que pode conter spoiler.
As cenas são com as personagens vivendo o dia dos namorados.

Espero que gostem  ^^



Série O Punhal – Diogo e Júlia

            Tudo estava pronto, só faltava ela aparecer. Diogo andou de um lado para o outro do aposento esperando o tempo passar. Não que estivesse inseguro, isso nunca, só um pouco de ansiedade o consumia já que nunca fez algo do tipo. Será que ela daria real importância à surpresa? Será que aquilo mexeria com o seu coração agora frio?
            Como não era capaz de saber estas respostas, continuou a percorrer o quarto, e só parou no momento em que a porta se abriu.
            Júlia entrou com a filha do casal nos braços, enrolada em uma toalha, os cabelos ruivos da criança estavam bagunçados. A jovem vampira sorriu para o seu eterno namorado e colocou Beatriz na cama para trocá-la. Enquanto colocava a roupa na menina, Diogo nada disse e ela desconfiou de sua atitude.
            — O que foi, Diogo? — perguntou ela o encarando. — Está quieto.
            Ele respirou fundo e parou ao lado dela, pegando-a pela mão e a forçando a manter a postura ereta para mirá-lo nos olhos. Diogo tinha uma fisionomia séria, o que arrancou um sorriso de Júlia.
            — Aconteceu alguma coisa? — insistiu nas indagações. — Você não me parece normal.
            — Eu te amo — falou de uma vez e o sorriso dela esmaeceu. Ele prosseguiu: — Eu te amo tanto que não sei o que seria da minha vida sem você — colocou a mão no bolso da calça e pegou uma caixinha vermelha de veludo. Abriu-a e mostrou o anel de ouro com um diamante.
            — Eu não acredito... — exclamou surpresa.
            — Feliz dia dos namorados — foi a vez dele de sorrir. — Somos eternos namorados, não é?
            — Sempre — pulou em seu pescoço e o beijou apaixonadamente.
            Beatriz murmurou algo em sua língua de bebê e eles a olharam.
            — Eu também te amo, minha filha — Diogo beijou a testa da menina e depois voltou aos lábios de Júlia, demonstrando todo o seu amor por ela.



Série O Punhal – Augusto e Samantha

            Entrou na sala e encontrou Augusto sentado em uma poltrona, um cigarro aceso em uma mão e um copo com bebida na outra. Samantha suspirou pesadamente e se aproximou dele. Sabia da comemoração do dia, mas era pedir demais que ele desse importância para comemorações humanas. Augusto nunca se lembraria do dia dos namorados.
            Parou diante dele, sorriu e abaixou-se em direção aos seus lábios, beijando-o suavemente. Ameaçou dirigir-se para a cozinha quando ele a segurou pelo pulso, chamando-a pelo nome.
            — O que foi? — perguntou a vampira.
            — Quero te mostrar uma coisa — levantou-se. — Siga-me — falou com seu tom autoritário.
            Sempre mandão, pensou Samantha. Não se opôs e caminhou atrás de Augusto, chegando em seus aposentos. O vampiro entrou e ela logo atrás, ele andou confiante até uma escrivaninha ao canto e pediu para Samantha fechar a porta. Mais uma vez ela obedeceu e ali parou, esperando para ver o que ele queria lhe mostrar.
            Augusto colocou a mão na gaveta, mas antes de abri-la, mirou os olhos negros de sua amada. Sorriu de canto de boca, puxou a gaveta e tirou de dentro dela uma rosa extremamente vermelha. Samantha arregalou os olhos.
            Ele traçou o caminho até ela vagarosamente e lhe estendeu a flor. Assim que ela pegou, falou:
            — Feliz dia dos namorados — não sabia muito bem como dizer aquilo, mas fez da melhor forma possível. — É só uma amostra de que te amo e amei por todos esses anos.
            Os olhos dela marejaram e uma lágrima vermelha escorreu. Ele se alarmou.
            — Fiz alguma coisa errada? — indagou não entendendo nada.
            — Não — negou com a cabeça. — Você fez direitinho — secou a lágrima. — Você é perfeito e eu te amo.
            Abraçaram-se e um longo beijo foi partilhado entre eles.
            — Eu também te amo, Samantha, amarei para sempre.



Volúpia – Enzo e Clara

            Sim, eu estava nervoso. Uma demonstração de amor em público não fazia parte dos meus planos, mas eu a amava mais do que tudo nesse mundo e precisava mostrar isso não só para ela, como também para todos. Sim, sinto-me um idiota. Mas fazer o quê? Aquela mulher mexe muito comigo.
            Minhas mãos trêmulas e suadas fecharam-se sobre o buquê de tulipas vermelhas, e eu respirei fundo pela milésima vez. É agora ou nunca. Entrei na academia de dança e cumprimentei a recepcionista, ela sorriu largamente e confirmou com a cabeça, ela já sabia o que eu viera fazer.
            O coração martelava violentamente contra o peito enquanto eu caminhava receoso pelo corredor de acesso aos salões de dança. Ao me aproximar, a recepcionista, que viera atrás de mim, tomou à frente e fez um sinal para Beto. Como eu não via nada, apenas fiquei ali parado, aguardando. A música de tango que tocava foi interrompida e logo outra começou. Sabia que era extremamente romântica, mas não consegui ouvi-la já que estava muito nervoso.
            Sequei as mãos, uma por vez, na calça e adentrei o salão com o buquê em mãos. Todos me olharam e aposto que fiquei vermelho. Clara estava tão surpresa quanto os outros, porém sorriu e seus olhos marejaram. Sorri de volta e não cessei os passos, sequer olhando para os lados, só para aquela maravilhosa mulher, a mulher da minha vida.
            Parei diante de si e estendi as flores. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela riu meio sem saber o que fazer, apanhou o buquê na mesma hora em que falei:
            — Feliz dia dos namorados, você é a mulher da minha vida e sempre vou te amar.
            Mais lágrimas escorreram dos seus olhos negros e eu as sequei levemente, beijando-a no nariz avermelhado e em seguida nos lábios rosados.
            — Seu bobo — disse após o beijo. — Eu te amo muito, sabia?
            — Sei, mas não me importo de ouvir isso por todos os dias da minha vida.
            Mais um beijo e aplausos dos alunos.



Notas de Luxúria – Viviane e Rafael

            — O que você quer comigo esse horário, Rafael? — indaguei já irritada. 
            — Que menina mais chata — bufou. — Só preciso de um favor, você pode ou não vir aqui em casa?
            — Tudo bem, eu vou — desliguei o celular e o enfiei na bolsa para voltar a dirigir. O que será que ele queria?
            Refiz o trajeto e me dirigi para a residência de Rafael. Durante o caminho não conseguia pensar em mais nada, apenas na curiosidade daquele tal favor. Estacionei o carro em frente à casa e desci. Apertei o interfone e Rebeca veio abrir o portão.
            — Você sabe o que o Rafa quer comigo? — perguntei a ela.
            — Eu não tenho nada e ver com isso — deu de ombros.
            Entrei e cumprimentei seus pais, contudo, não encontrei Rafa, mas me foi informado que ele me esperava no quarto. Direcionei-me até lá e bati duas vezes na porta antes de entrar. Eu simplesmente estarreci.
            A cama dele fora toda forrada com pétalas de rosa vermelha e o chão também. Eu não entendi absolutamente nada.
            Rafael veio até mim, segurou-me pela mão e me puxou para dentro do quarto. Nada comentei, até por que não sabia o quê. Minha única certeza era a de que meu coração disparara.
            Ele sorria largamente e me beijou na testa antes de dizer:
            — Feliz dia dos namorados — tirou de dentro do bolso da calça uma caixinha branca que me estendeu.
            Segurei-a e a abri, retirando a tampa e a encaixando embaixo. Tirei também o pequeno tecido e vi ali uma palheta da banda japonesa The Gazette autografada pelo baixista, Reita. Eu precisei gritar.
            — Não acredito! Mas como... — encarei-o.
            — Faz tempo que encomendei — revelou dando de ombros. — E eu te amo, você sabe, faço qualquer coisa por você.
            Continuei ali parada sem nada dizer, no entanto, eu precisava fazer algo e por isso lhe dei um tapa no braço.
            — Ei! É assim que me agradece?
            — Seu idiota! Isso deve ter custado uma fortuna! — respirei fundo, passei as mãos pelo rosto e por fim sorri. — Mas mesmo assim obrigada — enlacei seu pescoço e o beijei. — Eu te amo também, tá?
            — Difícil arrancar isso de você, né? — riu gostosamente e eu também. — Menina difícil.
            — Mas você me ama mesmo assim — mostrei-lhe a língua e mordi seu lábio inferior. — Agora venha aqui que vou te dar o meu presente — puxei-o pela mão e o joguei em cima da cama, entre as pétalas.
            Ele sorriu e eu também. Tirei a roupa e subi nele. Seria minha vez de agradá-lo.



Notas de Luxúria – André, Gabriela e Marcos

            Mesmo com dois amores, passei o dia dos namorados sozinha, ainda não acredito. Por mais que eu tenha recebido ligações de Marcos e André, não foi a mesma coisa. Eu os queria comigo, corpo com corpo, sabe? Mas essa vida de famosa cansa, sequer tenho muito tempo para mim e para eles.
            Paguei o taxista e desci do carro, caminhando lentamente até o portão. Ele foi aberto e o porteiro sorriu largamente para mim em cumprimento. Mostrei-me simpática e continuei meu caminho. Enquanto esperava o elevador, olhei para o relógio no pulso e constatei ser quase 23h. Respirei desanimada. Que belo dia dos namorados.
            Cheguei ao meu apartamento e ao colocar a chave na fechadura, notei a porta destrancada. Será que eu a esquecera aberta? Empurrei-a, contudo, não precisei acender a luz para notar aquela decoração com velas aromatizadas, almofadas espalhadas pelo chão, e vinho e chocolate sobre a mesa de centro. André e Marcos me olhavam sorrindo e se levantaram para me cumprimentar.
            — Feliz dia dos namorados, meu amor — Marcos se aproximou e me beijou ardentemente.
            André parou ao meu lado e me puxou para si quando Marcos me soltou.
            — Feliz dia dos namorados, meu anjo — foi sua vez de me beijar calorosamente.
            Meus olhos encheram-se de lágrimas, mas não chorei, eu estava feliz demais para isso. Tenho comigo os dois homens mais perfeitos desse mundo, meus dois amores.
            — Eu amo tanto vocês dois.
            — E você acha que a gente não sabe? — falou Marcos rindo. Afagou meus cabelos. — Eu te amo muito.
            — Vou te amar para sempre — André tomou minha mão e beijou o dorso, subindo pelo braço até alcançar a boca.

            Do que mais eu preciso? Nada, absolutamente nada. Posso dizer que aquele dia dos namorados foi o melhor de toda a minha vida.

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