Pois bem, para comemorar esse dia dos namorados, escrevi trechos com alguns casais dos meus livros. Lembrando que pode conter spoiler.
As cenas são com as personagens vivendo o dia dos namorados.
Espero que gostem ^^
Série O Punhal – Diogo e Júlia
Tudo estava
pronto, só faltava ela aparecer. Diogo andou de um lado para o outro do
aposento esperando o tempo passar. Não que estivesse inseguro, isso nunca, só
um pouco de ansiedade o consumia já que nunca fez algo do tipo. Será que ela
daria real importância à surpresa? Será que aquilo mexeria com o seu coração
agora frio?
Como não
era capaz de saber estas respostas, continuou a percorrer o quarto, e só parou
no momento em que a porta se abriu.
Júlia
entrou com a filha do casal nos braços, enrolada em uma toalha, os cabelos
ruivos da criança estavam bagunçados. A jovem vampira sorriu para o seu eterno
namorado e colocou Beatriz na cama para trocá-la. Enquanto colocava a roupa na
menina, Diogo nada disse e ela desconfiou de sua atitude.
— O que
foi, Diogo? — perguntou ela o encarando. — Está quieto.
Ele
respirou fundo e parou ao lado dela, pegando-a pela mão e a forçando a manter a
postura ereta para mirá-lo nos olhos. Diogo tinha uma fisionomia séria, o que arrancou
um sorriso de Júlia.
— Aconteceu
alguma coisa? — insistiu nas indagações. — Você não me parece normal.
— Eu te amo
— falou de uma vez e o sorriso dela esmaeceu. Ele prosseguiu: — Eu te amo tanto
que não sei o que seria da minha vida sem você — colocou a mão no bolso da
calça e pegou uma caixinha vermelha de veludo. Abriu-a e mostrou o anel de ouro
com um diamante.
— Eu não
acredito... — exclamou surpresa.
— Feliz dia
dos namorados — foi a vez dele de sorrir. — Somos eternos namorados, não é?
— Sempre —
pulou em seu pescoço e o beijou apaixonadamente.
Beatriz
murmurou algo em sua língua de bebê e eles a olharam.
— Eu também
te amo, minha filha — Diogo beijou a testa da menina e depois voltou aos lábios
de Júlia, demonstrando todo o seu amor por ela.
Série O Punhal – Augusto e Samantha
Entrou na
sala e encontrou Augusto sentado em uma poltrona, um cigarro aceso em uma mão e
um copo com bebida na outra. Samantha suspirou pesadamente e se aproximou dele.
Sabia da comemoração do dia, mas era pedir demais que ele desse importância
para comemorações humanas. Augusto nunca se lembraria do dia dos namorados.
Parou
diante dele, sorriu e abaixou-se em direção aos seus lábios, beijando-o
suavemente. Ameaçou dirigir-se para a cozinha quando ele a segurou pelo pulso,
chamando-a pelo nome.
— O que
foi? — perguntou a vampira.
— Quero te
mostrar uma coisa — levantou-se. — Siga-me — falou com seu tom autoritário.
Sempre mandão, pensou Samantha. Não se
opôs e caminhou atrás de Augusto, chegando em seus aposentos. O vampiro entrou
e ela logo atrás, ele andou confiante até uma escrivaninha ao canto e pediu
para Samantha fechar a porta. Mais uma vez ela obedeceu e ali parou, esperando
para ver o que ele queria lhe mostrar.
Augusto
colocou a mão na gaveta, mas antes de abri-la, mirou os olhos negros de sua
amada. Sorriu de canto de boca, puxou a gaveta e tirou de dentro dela uma rosa
extremamente vermelha. Samantha arregalou os olhos.
Ele traçou
o caminho até ela vagarosamente e lhe estendeu a flor. Assim que ela pegou,
falou:
— Feliz dia
dos namorados — não sabia muito bem como dizer aquilo, mas fez da melhor forma
possível. — É só uma amostra de que te amo e amei por todos esses anos.
Os olhos
dela marejaram e uma lágrima vermelha escorreu. Ele se alarmou.
— Fiz
alguma coisa errada? — indagou não entendendo nada.
— Não —
negou com a cabeça. — Você fez direitinho — secou a lágrima. — Você é perfeito
e eu te amo.
Abraçaram-se
e um longo beijo foi partilhado entre eles.
— Eu também
te amo, Samantha, amarei para sempre.
Volúpia – Enzo e Clara
Sim, eu
estava nervoso. Uma demonstração de amor em público não fazia parte dos meus
planos, mas eu a amava mais do que tudo nesse mundo e precisava mostrar isso
não só para ela, como também para todos. Sim, sinto-me um idiota. Mas fazer o
quê? Aquela mulher mexe muito comigo.
Minhas mãos
trêmulas e suadas fecharam-se sobre o buquê de tulipas vermelhas, e eu respirei
fundo pela milésima vez. É agora ou nunca. Entrei na academia de dança e
cumprimentei a recepcionista, ela sorriu largamente e confirmou com a cabeça,
ela já sabia o que eu viera fazer.
O coração
martelava violentamente contra o peito enquanto eu caminhava receoso pelo
corredor de acesso aos salões de dança. Ao me aproximar, a recepcionista, que
viera atrás de mim, tomou à frente e fez um sinal para Beto. Como eu não via
nada, apenas fiquei ali parado, aguardando. A música de tango que tocava foi
interrompida e logo outra começou. Sabia que era extremamente romântica, mas
não consegui ouvi-la já que estava muito nervoso.
Sequei as
mãos, uma por vez, na calça e adentrei o salão com o buquê em mãos. Todos me
olharam e aposto que fiquei vermelho. Clara estava tão surpresa quanto os
outros, porém sorriu e seus olhos marejaram. Sorri de volta e não cessei os
passos, sequer olhando para os lados, só para aquela maravilhosa mulher, a
mulher da minha vida.
Parei
diante de si e estendi as flores. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela riu
meio sem saber o que fazer, apanhou o buquê na mesma hora em que falei:
— Feliz dia
dos namorados, você é a mulher da minha vida e sempre vou te amar.
Mais
lágrimas escorreram dos seus olhos negros e eu as sequei levemente, beijando-a
no nariz avermelhado e em seguida nos lábios rosados.
— Seu bobo
— disse após o beijo. — Eu te amo muito, sabia?
— Sei, mas
não me importo de ouvir isso por todos os dias da minha vida.
Mais um
beijo e aplausos dos alunos.
Notas de Luxúria – Viviane e Rafael
— O que
você quer comigo esse horário, Rafael? — indaguei já irritada.
— Que
menina mais chata — bufou. — Só preciso de um favor, você pode ou não vir aqui
em casa?
— Tudo bem,
eu vou — desliguei o celular e o enfiei na bolsa para voltar a dirigir. O que
será que ele queria?
Refiz o
trajeto e me dirigi para a residência de Rafael. Durante o caminho não
conseguia pensar em mais nada, apenas na curiosidade daquele tal favor.
Estacionei o carro em frente à casa e desci. Apertei o interfone e Rebeca veio
abrir o portão.
— Você sabe
o que o Rafa quer comigo? — perguntei a ela.
— Eu não
tenho nada e ver com isso — deu de ombros.
Entrei e
cumprimentei seus pais, contudo, não encontrei Rafa, mas me foi informado que
ele me esperava no quarto. Direcionei-me até lá e bati duas vezes na porta
antes de entrar. Eu simplesmente estarreci.
A cama dele
fora toda forrada com pétalas de rosa vermelha e o chão também. Eu não entendi
absolutamente nada.
Rafael veio
até mim, segurou-me pela mão e me puxou para dentro do quarto. Nada comentei,
até por que não sabia o quê. Minha única certeza era a de que meu coração
disparara.
Ele sorria
largamente e me beijou na testa antes de dizer:
— Feliz dia
dos namorados — tirou de dentro do bolso da calça uma caixinha branca que me
estendeu.
Segurei-a e
a abri, retirando a tampa e a encaixando embaixo. Tirei também o pequeno tecido
e vi ali uma palheta da banda japonesa The Gazette autografada pelo baixista,
Reita. Eu precisei gritar.
— Não
acredito! Mas como... — encarei-o.
— Faz tempo
que encomendei — revelou dando de ombros. — E eu te amo, você sabe, faço
qualquer coisa por você.
Continuei
ali parada sem nada dizer, no entanto, eu precisava fazer algo e por isso lhe
dei um tapa no braço.
— Ei! É
assim que me agradece?
— Seu
idiota! Isso deve ter custado uma fortuna! — respirei fundo, passei as mãos
pelo rosto e por fim sorri. — Mas mesmo assim obrigada — enlacei seu pescoço e
o beijei. — Eu te amo também, tá?
— Difícil
arrancar isso de você, né? — riu gostosamente e eu também. — Menina difícil.
— Mas você
me ama mesmo assim — mostrei-lhe a língua e mordi seu lábio inferior. — Agora
venha aqui que vou te dar o meu presente — puxei-o pela mão e o joguei em cima
da cama, entre as pétalas.
Ele sorriu
e eu também. Tirei a roupa e subi nele. Seria minha vez de agradá-lo.
Notas de Luxúria – André, Gabriela e Marcos
Mesmo com
dois amores, passei o dia dos namorados sozinha, ainda não acredito. Por mais
que eu tenha recebido ligações de Marcos e André, não foi a mesma coisa. Eu os
queria comigo, corpo com corpo, sabe? Mas essa vida de famosa cansa, sequer
tenho muito tempo para mim e para eles.
Paguei o
taxista e desci do carro, caminhando lentamente até o portão. Ele foi aberto e
o porteiro sorriu largamente para mim em cumprimento. Mostrei-me simpática e
continuei meu caminho. Enquanto esperava o elevador, olhei para o relógio no
pulso e constatei ser quase 23h. Respirei desanimada. Que belo dia dos
namorados.
Cheguei ao
meu apartamento e ao colocar a chave na fechadura, notei a porta destrancada.
Será que eu a esquecera aberta? Empurrei-a, contudo, não precisei acender a luz
para notar aquela decoração com velas aromatizadas, almofadas espalhadas pelo
chão, e vinho e chocolate sobre a mesa de centro. André e Marcos me olhavam
sorrindo e se levantaram para me cumprimentar.
— Feliz dia
dos namorados, meu amor — Marcos se aproximou e me beijou ardentemente.
André parou
ao meu lado e me puxou para si quando Marcos me soltou.
— Feliz dia
dos namorados, meu anjo — foi sua vez de me beijar calorosamente.
Meus olhos
encheram-se de lágrimas, mas não chorei, eu estava feliz demais para isso.
Tenho comigo os dois homens mais perfeitos desse mundo, meus dois amores.
— Eu amo
tanto vocês dois.
— E você
acha que a gente não sabe? — falou Marcos rindo. Afagou meus cabelos. — Eu te
amo muito.
— Vou te
amar para sempre — André tomou minha mão e beijou o dorso, subindo pelo braço
até alcançar a boca.
Do que mais
eu preciso? Nada, absolutamente nada. Posso dizer que aquele dia dos namorados
foi o melhor de toda a minha vida.
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