30 junho 2017

O que vejo por aí... #4

O novo de novo




A vida move a vida.

Quando ela chega, pessoas se movem para vê-la. Quando ela se vai, pessoas se movem para o último adeus.

Amigos numa época continuam amigos depois de anos, mas só a vida faz com que se vejam novamente.

A primeira vida veio ainda na faculdade. Primeiro ano, primeiro rolo, primeiro namoro, primeira vez sem proteção.

Jovens vendo de perto a criação, a reprodução.

Medo, angústia. Um mundo de sonhos deixados de lá por enquanto. A prioridade é a nova vida.

Vidas vêm e vão nesse meio tempo. Avós se vão, pais, mães. Sobrinhos chegam, primos de primeiro, segundo, terceiro grau...

Amizades são modificadas. As pessoas se movem, mudam, não olham mais para trás ou olham demais para trás.

Um, dois anos.

Os amigos ainda estão juntos. Um ou outro diferente, um término ou outro surgiu. Pessoas novas, outras nem tanto.

Risadas, desentendimentos, estudos, trabalhos, mudanças.

Alguns voltam de onde vieram, outros vão para onde nunca foram.

Mais um, dois, três anos.

A vida muda, prioridades.

Outra vida a caminho. Alegria, preocupação, preparação.

No meio do caminho... opa! Mais uma vida.

A necessidade de reencontro surge. Faz anos que não se veem. Houve mudanças demais. Não sabem se ainda se conhecem.

Almoço marcado, tudo preparado.

O espanto. A primeira vida já tem 7 anos! Passou tudo isso mesmo?

“Prazer, meu nome é Pedro”, diz o menino.

Sorrisos. Ele não os conhece, mas eles, ahh... eles sim o conhecem.

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