Olá
pessoal!
Trago
hoje para vocês a resenha do livro “O Turno da Noite vol. 3 O livro de Jó” do
autor André Vianco.
Terminei
o livro essa semana e fiquei com vontade de escrever a resenha, pois li muitas
coisas relativas à obra e em sua maioria foram críticas negativas. Na minha
opinião o problema da série “O Turno da Noite” é ser continuação de “Os Sete” e
“Sétimo”. Acho isso porque os dois primeiros livros são maravilhosos e quando
você pega uma continuação sempre espera que ela supere a obra anterior, mas
isso não acontece com “O Turno da Noite”. Li uma resenha de uma garota que
havia livro o vol. 1 e não leu os dois anteriores, e ela disse que amou. Uma
prima minha também leu o vol. 1 e 2 sem ler os outros e também achou
maravilhoso. Por isso acho que quem leu a série desde o começo não achará “O
Turno da Noite” o melhor livro do autor.
Enfim,
não resumirei a estória, pois ela dispensa isso, partirei apenas para os meus
comentários. Demorei mais de 3 meses para concluir a obra. O começo achei
fantástico, li os primeiros capítulos rapidamente, mas quando começa a falar da
floresta e do francês que quer desmatar o local, a coisa começa a ficar chata e
entediante. Foi aí que comecei a desgostar do livro. Há capítulos somente de
descrição e muita enrolação. Capítulos que se fossem tirados não fariam falta
nenhuma na narrativa. Eu chegava a esquecer o que tinha acontecido com a
Patrícia e os outros, pois eles ficaram muito tempo sem aparecer. Quando os
operários que estão trabalhando na floresta somem, a narrativa começa a
melhorar, mas não no nível que estava antes. O livro volta ao seu ápice quando
os vampiros vão salvar os demais que estão no Canindé, aí sim fica emocionante,
amei essa parte. Depois disso o vampiro Jó aparece e a coisa fica muito ruim
para o lado dos humanos. O que me deixou intrigada nessa parte é que não sei da
onde surgiu Jó, bem como a sua relação com os vampiros de Portugal e por que
ele é tão fodão.
Uma
coisa que não entendi até agora é o porquê de no começo eles estarem atrás da
menina bruxa Aidara. Não consegui até agora entender a finalidade dela, sendo
que ela não aparece mais depois dos primeiros capítulos.
Uma
coisa que li em outras resenhas e que fiquei inconformada foi em relação a
figura do curupira. As pessoas acharam isso algo absurdo. Só não entendi o por
quê. Um autor brasileiro não pode falar do próprio folclore que é considerado
ridículo? Que ele viajou demais? Aposto que se ele tivesse colocado algo como “o
monstro da floresta” não teria causado tantos comentários contra. O problema de
alguns brasileiros é que acham que tudo que é nacional não presta. Fiquei muito
chocada com os comentários que vi, isso é um complexo de inferioridade, coisa
de país colonizado.
Em
um apanhado geral eu gostei do livro, principalmente do começo e do final.
Achei que o autor encheu muita linguiça no meio, muita mesmo. O André escreve
muito bem, não precisava disso.
Espero que tenham gostado.
Abraços e beijos
Hello Pessoas!
ResponderExcluirAcompanho a serie de livros do André Vianco e acho fantástico. Particularmente, o que mais me chamou a atenção sobre "o que ele escreve", foi o fato de todas as histórias se passarem em territorio nacional.
Lendo seus livros, percebia como tudo aquilo conseguia prender a minha atenção: A luta para sobreviver no rio poluído, em que se bebesse apenas uma gota estaria perdido. O relato de uma escrava, e até o fato de mencionar a Base Militar de Pirassununga interior de São Paulo. Eu pensava - "Poxa, de onde ele busca tanta coisa?" - Era diferente das leituras das quais estava acostumado.
Acredito que em algumas histórias André possa ter exagerado em alguns pontos, mas não vejo nada de errado em escrever sobre nosso passado, nossa cultura, o que realmente deve fazer as pessoas gostarem mais do solo em que vivem.
As histórias de vampiro mudaram muito com o passar do tempo, deixando o clássico de lado e passando para novas abordagens, em que os personagens possuem novas habilidades, poderes, forças, etc. Levando em consideração o que vem acontecendo dos anos 90 para cá, seria inadequado afirmar que uma historia de vampiros não possa ser mudada para o incomum.
Devemos sim apoiar a novas iniciativas e valorizar mais o que nos representa aqui e lá fora. Um parabéns a todos vocês que lutam para ter seu espaço na grande biblioteca do mundo.
Abraços!!!